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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A voz da experiência

Aproveitando a onda de Natal, fiz inscrição para um curso de culinária com sobremesas para comemorar a data. Achei interessante a ideia, pelo menos ia me distrair um pouco. Chegando no local do curso, com meia hora de antecedência, me deparei com uma senhora que puxou papo comigo, e o 's' em destaque no sotaque dela não negava suas raízes, ela é carioca. Ficamos ali por um bom tempo conversando sobre gastronomia. Ela me contou sobre os bolos que costuma fazer, as viagens que faz pelo Brasil e pelo mundo, disse que me ensinaria mil coisas e assim fomos até o início do curso.

Quando o curso começou a senhora já mostrou que sua experiência na cozinha era algo fantástico, e que os pequenos detalhes fazem a diferença na hora de coloca a mão na massa. Falava sobre alguns ingredientes que poderiam ser substituídos por outros (enquanto a chefe dava o passo-a-passo na frente de 30 e poucas alunas), quais marcas de produtos utilizar e outros detalhes.

De um curso simples eu aprendi muito mais, e ainda ganhei uma amiga, a dona Zita. Já combinamos de fazer bolos de Natal, empadas e muitas outras guloseimas. E o que mais me marcou nela, foi a vontade de fazer as delícias para as pessoas sem esperar nada em troca e ainda, fazer tudo com muita alegria e prazer. A experiência foi muito válida e mais do que uma ou duas sobremesas, minha noite gastronômica foi uma troca de conhecimentos, experiências de vida e energia positiva.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ler, um exercício para toda a vida

Hoje a minha postagem é uma dica.

Nas minhas andanças de pesquisa sobre o jornalismo gastronômico, tenho lido muito sobre jornalismo, assessoria de imprensa e gastronomia. Ontem, cheguei em casa e peguei um livro que há muito tempo eu não lia, estava lá na estante juntando poeira, "O Abusado" do jornalista Caco Barcellos. Confesso que não consigo sair muito da temática, peguei o de jornalismo novamente, mas, por se tratar de uma história muito bacana e que parei no ano passado na página 75, resolvi retomá-lo. Lembro que quando ganhei o livro, não conseguia largá-lo, e agora a meta das férias é lê-lo até o fim, junto com os técnicos que já fazem parte da minha cabeceira.

Mas, comecei contando essa história pessoal, para dizer o quanto é importante ler. Tenho aprendido muito, e vejo o quanto comecei tarde com esse hábito.

Em abril desse ano, minha irmã fez aniversário de 15 anos, e para que ela não comece com a leitura somente voltada à internet e que na vida acadêmica sofra consequências como as minhas, fiz a assinatura de uma revista semanal, com coisas da idade dela, mas que a tiram um pouco da internet.

Então, a minha dica é LEIAM, e leiam o máximo que puderem sobre tudo, desde jornais, revistas, livros técnicos, até as crônicas e os livros de autoajuda.

E para que esse hábito não se perca muitas vezes porque os livros são caros, abaixo segue o contato de uma livraria que oferece até 20% de desconto nos livros de literatura, com entrega confiável e segura.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comunicação e informação

Hoje estava lendo um pouco sobre comunicação sob o ponto de vista do autor Michel Maffesoli no livro A Genealogia do Virtual de Francisco Menezes Martins e Juremir Machado da Silva. Encontrei alguns pontos interessantes que gostaria de compartilhar com você sobre o que é comunicação e para que ela serve efetivamente.

A comunicação é uma forma de reencarnação desse velho simbolismo, simbolismo arcaico, pelo qual percebemos que não podemos nos compreender individualmente, mas que só podemos existir e compreendemo-nos na relação com o outro. Nesse sentido, a ideia de individualismo não faz muito sentido, pois casa um está ligado a outro pela mediação da comunicação (MARTINS; SILVA, 2008, p. 20).

É interessante pensar a comunicação como um meio de sociabilidade, em que as pessoas trocam informações e utilizam dos sentidos para manifestarem a comunicação. Em alguns pontos parece óbvio, mas o teórico Maffesoli mostra desde o comunicar por comunicar, a interatividade pelos meios de comunicação e a comunicação direcionada por público-alvo. Todos esses aspectos, entre outros de outros teóricos podem ser encontrados no capítulo dois do livro supracitado.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

É sempre um bom momento para comer pizza

Antes de iniciar um novo post, gostaria de agradecer todos os comentários que vocês têm deixado aqui pra mim. Fico muito feliz em ver o retorno das coisas que escrevo, e principalmente perceber que muitos se identificam com as histórias. Obrigada mesmo!

Um dos requisitos para pesquisar gastronomia, na minha concepção, é gostar de comer, e essa característica eu tenho de sobra. E para todo “bom de garfo” uma das coisas que mais me apetecem quando penso em gastronomia, é a tal da pizza. Engraçado, porque você pode comer todos os dias, de repente o mesmo sabor e simplesmente não enjoa. Combina com vinho, refrigerante, cerveja, vodka, água, até com café. E muitas vezes a pizza é aquela salvação esperando na geladeira quando você chega da balada com aquela fome absurda. Não dá tempo nem de esquentar, ela é apreciada gelada mesmo.

Uma das coisas que me permito sempre é conhecer novas pizzarias e novos sabores com boas companhias. Eu soube que a Pizza Hut está inaugurando mais uma loja, e no Shopping Barigui. Para o lançamento, está com a campanha Momentos Hut, que reforça os “melhores momentos num só lugar”. Junta a fome com a vontade de comer: adoro pizza e adoro o Shopping Barigui. O mais legal nessa campanha é o prêmio de 1 ano com muita pizza hut grátis, para a frase que expresse melhor um “momento hut”. Perfeito!

Não vejo a hora de degustar de um momento especial na Pizza Hut Barigui e quem sabe ganhar o prêmio de 1 ano comendo pizza de graça, é muita ‘mamata’ mesmo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A expansão gastronômica em Curitiba


Estou realizando uma pesquisa sobre o jornalismo gastronômico em Curitiba. E, no decorrer dos estudos e de alguns momentos gastronômicos que tenho participado, percebo que realmente Curitiba tem se tornado um potencial nessa temática.

No último final de semana, dias 5 e 6 de novembro, participei da 3ª edição do Empório Soho – Gastronomia e Cultura em um só lugar, que aconteceu na Praça Espanha. Vários momentos durante a feira me chamaram a atenção.

Para começar, a iniciativa da organização do evento, o Batel Soho e de cada um dos 23 restaurantes, bares, cafés, chocolateria e bistrôs, que participaram do evento. Os restaurantes renomados da cidade e grandes nomes da gastronomia curitibana que na sexta-feira debaixo de chuva permaneceram ali, embaixo das barracas à disposição do público.

Outro destaque foi a quantidade de pessoas que se evolveu no evento: homens, mulheres e até cachorros estavam por ali, curtindo boa música e degustando de algumas delícias oferecidas pelos renomados chefes da região. Isso mostra o quanto o público da região está “antenado” no que há de melhor na gastronomia e o quanto está disposto a participar desse tipo de manifestação.

Até um guia de gastronomia foi lançado durante o evento. Feito pela jornalista Mariela Castro e pela advogada Dora Ostronoff, à frente da editora AllesGut, elas desenvolveram em 1 ano e 3 meses de pesquisas e visitas à estabelecimentos um guia com 94 estabelecimentos interessantes da cidade. O diferencial desse guia, é que além de oferecer diversas opções gastronômicas, nele os consumidores tem milhares de reais em vouchers com descontos exclusivos. Em conversa com as criadoras do guia, elas contaram que sentiam falta disso na cidade, embora ambas morarem em São Paulo, e ficaram contentes em poder visitar cada cantinho da cidade para colocar no guia um pouco do que gostam.

A gastronomia se tornou um prazer e não mais simples forma de saciar a fome:
 
O consumo de alimentos, assim como a satisfação de qualquer apetite, há muito deixou de ter como objetivo principal a nutrição e, em vez disso, passou a conter inúmeros significados sociais, culturais e simbólicos. Nas sociedades de consumo da era industrializada, qualquer ideia, prática cultural e substância material concebível parece ter sido transformada pelas “forças de mercado. Em mercadorias cobiçadas. A sociedade de consumo coloca todo à venda, e a comida não constitui um exceção. Isso torna o desejo por comida não uma simples questão de atender às necessidades básicas de alimentação, e, sim, parte de um discurso social em que identidades pessoais e coletivas são definidas e apresentadas.(SLOAN, 2005, p, 69,70).

E como parte desse prazer de saciar a fome e apreciar da interação social, o Jovens Tardes teve sede na praça, com a presença do Sr. Jorge e a rapaziada, que puderam degustar de gastronomia e cerveja ao som das bandas locais. 

E assim, esperamos a próxima edição do Empório Soho, e a minha pesquisa segu a todo vapor aliando a "fome com a vontade de comer".


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A saga do pão de queijo


O churrasco na cozinha do Tio Jorge fez o maior sucesso. Mas enquanto não acontece a parte 2, vamos discutir sobre a gastronomia pelos olhares do dia-a-dia.

Uma das coisas que mais gosto de comer é pão de queijo. Primeiro porque ele vem do pão, que é algo que gosto muito, e depois porque nascida em Brasília, terra da mistura de povos. Cresci aproveitando a boa gastronomia mineira com um pão fofinho, cheio de massa e queijo dentro e que é possível ser encontrado em qualquer esquina da cidade. Isso me lembra um trecho de SLOAN (2005):

O alimento está relacionado com o sustento e com a satisfação do apetite, tanto físico quanto simbólico, e a sua distribuição está ligada à organização de uma sociedade e à exibição de status e poder. Assim, observar quem come o quê, com quem e onde, é lançar luz em uma série de práticas políticas, econômicas e culturais. (SLOAN, p, 77, 2005)

No meu caso, trata-se realmente de uma questão cultural, de infância na minha cidade natal. Mas, há algum tempo estou em Curitiba, cidade linda, limpa, de gente bonita, um pouco fria, talvez, mas uma cidade muito boa para se morar. Onde entra o pão de queijo nessa história? A questão é que encontrar um pão de queijo gostoso como os dos mineiros radicados em BSB ou que pelo menos que tenha massa dentro, na capital paranaense é como procurar pinhão na Bahia. O pior de tudo é a minha frustração a cada lugar que vou experimentar. Quase sempre o pão é bonito e borrachudo, frio e sem massa (de vento, como eu sempre falo), ou simplesmente não tem gosto de nada. Muito triste!

Uma coisa interessante é que eu tenho uma amiga mineira, que eu já conheço há quatro anos, e a mãe dela faz um pão de queijo que certamente não existe igual no mundo. E sabem quantas vezes eu comi do tal pão de queijo? Uma vez na vida, e olha que foi por sorte do acaso que resolvi fazer aquela visitinha rápida e comi quase 20 pãezinhos daqueles. Inesquecível!

Pode ser que eu não esteja indo nos lugares certos. Mas, olha que tenho procurando muito, a cada panificadora, posto de gasolina, carrocinha do tio da esquina, e nada. Quem sabe alguém não me sugere algum lugar bacana para comer um super e bem gostoso pão de queijo?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jovens Tardes na cozinha do Tio Jorge

Aproveitando o começo da folga, que duraria quatro dias, fui a um churrasco no último sábado (9), ou melhor no famoso programa 'Jovens Tardes'. Pessoal animado, bebida à vontade e muita animação. O local da festa era um apartamento grande e aconchegante perto da Praça Espanha no Batel Soho. As pessoas estavam reunidas todas na cozinha, um pequeno corredor e talvez o menor lugar da casa – até o banheiro era maior. Uma das meninas levantou uma questão interessante que resolvi compartilhar aqui. Por que nas festas entre amigos a reunião é sempre na cozinha?É interessante pensar, ou passar a prestar atenção para tal fato.

Várias hipóteses podem ser levantadas para essa questão. Uma delas talvez seja o óbvio, é o lugar onde se encontra comida. Mas nem sempre as pessoas ficam comendo ali, estão paradas encostadas nos armários, ouvindo música e bebendo. Outra possibilidade é que as pessoas não pensam nisso, simplesmente largam suas cervejas na geladeira e vão ficando. Aos poucos as pessoas que chegam vão se acomodando, se apertando e não mudam de ambiente.

Alguns dos meninos sabem tocar violão e foram para a sala dar uma “canja” de alguns sucessos nacionais e internacionais. Permaneceram por menos de uma hora um grupo de umas oito pessoas cantando e aproveitando a “vibe”. Mas logo todas elas foram parar onde? Na cozinha novamente! Não tem jeito o negócio é mudar as estruturas das casas e apartamentos e fazer uma cozinha bem grande com sofás, cadeiras, pufs, TV e rádio.

O que mais achei bacana é que desde que comecei a estudar o assunto algumas curiosidades são levantadas sobre gastronomia e me divirto muito analisando cada situação.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Café da manhã pouco saudável


Diariamente quando pego o ônibus para ir ao trabalho, me deparo com diversas pessoas no terminal de ônibus degustando de seu café da manhã. O mais impressionante, a meu ver, é observar o cardápio matinal que é uma variação considerável de coxinhas, enroladinhos de alguma coisa, empanados de outras coisas, salgadinhos de pacote, refrigerantes e, às vezes aparece alguém com um simples pão de queijo. Fico impressionada como as pessoas conseguem se alimentar de tanta gordura pela manhã. Talvez elas pensem que, como comem correndo isso já vai sendo abatido no gasto energético da ida ao trabalho.

Porém, o mais interessante de se observar é o quanto o imediatismo dessa era atual tem acabado, ou pelo menos reduzido, alguns momentos de prazer principalmente no que diz respeito à alimentação. No meu caso, tomo café da manhã diariamente com a minha avó, que prepara um pão bem quentinho na frigideira recheado de requeijão e patê. Conversamos sobre como foi o meu dia anterior, o que pretendo fazer no feriado e coisas normais do cotidiano. Percebo que quando preciso sair correndo como as pessoas que já citei, o meu dia fica mais sem graça.

A formação do paladar ocorre muito cedo, e os desvios de padrão (ou dos verdadeiros padrões de paladar), como os impostos pelas dietas de lanches rápidos e de alimentos sem nenhum valor nutritivo, dificilmente serão corrigidos mais tarde. (SLOAN, 2005, pg. 183)

Cria-se nesta cabeça pensante que vos escreve, o quanto faz mal o hábito de comer fora de casa e com tanta velocidade. Acredito ser completamente saudável comermos em algum restaurante, lanchonete ou café, mas o momento da refeição um dia já foi considerado algo saudável e não somente um momento em que se precisa ingerir comida para o corpo aguentar o corre-corre.

Que tal aproveitarmos para repensar e desacelerar um pouquinho? Não coma simplesmente, aguce seu paladar e deguste os alimentos, de preferência algo mais saudável.




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um bom vinho e uma ótima conversa


Uma das coisas mais interessantes da gastronomia e a comunicação que ela proporciona. Com o vinho isso não é diferente, pelo contrário, é ainda mais intenso. Ao abrir uma garrafa de vinho com uma companhia agradável, e ficar falando da vida olhando a textura e sentindo o aroma, são uma das sensações mais encantadoras dessa arte. Neste final de semana tive o prazer de fazer isso. É bacana que as sensações que isso traz pra mim são diversas. Primeiramente o prazer, que vem munido de felicidade e até de uma pizza, como foi o caso, que desperta uma verdadeira viagem gastronômica.

Nessas horas eu paro para refletir, mais uma vez, sobre o quanto eu sou uma apaixonada pela gastronomia. Alguns teóricos que estudam o tema fazem relações diversas com o prazer e a união das pessoas por meio das degustações de pratos e vinhos. Outros ressaltam o consumo como fator predominante que é não somente a alimentação e sim envolvendo questões culturais e até mesmo sociais.

O consumo de alimentos, assim como a satisfação de qualquer apetite, há muito deixou de ter como objetivo principal a nutrição e, em vez disso, passou a conter inúmeros significados sociais, culturais e simbólicos. Nas sociedades de consumo da era industrializada, qualquer ideia, prática cultural e substância material concebível parece ter sido transformada pelas “forças de mercado”. Isso torna o desejo por comida não uma simples questão de atender às necessidades básicas de alimentação, e, sim, parte de um discurso social em que identidades pessoais e coletivas são definidas e apresentadas. A comida foi, desse modo, transformada em símbolo, ícone, tropo, signo e status. (SLOAN, 2005, pg.69,70)



A comida faz o papel de unir palavras entre pessoas e uma conversa munida de vinho seja ele branco, tinto, rose ou verde, do tipo seco, suave ou misto, costuma durar longas horas, ou até o vinho acabar. Mesmo assim, abre-se uma nova garrafa e a conversa prossegue com ainda mais fervor e benevolência. A vida é aberta como um livro da prateleira, a cada página uma surpresa ou mesmo uma inquietação; um vestígio de passado, mas a materialização da experiência. Essa troca, essa intensidade faz parte do presente, talvez o melhor presente.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Andar de ônibus também é cultura

Às vezes reclamo de andar de ônibus pelo desconforto, tempo, entre outros fatores, mas é no transporte público que me deparo com experiências de vida e histórias que enriquecem cada dia mais meu repertório.

Esses dias, na ida para a faculdade, cheguei no ponto de ônibus e uma senhora aguardava o mesmo ônibus. Logo que cheguei ali, ela exclamou, “nossa, o ônibus está demorando”. Foi o ponta pé inicial para a nossa conversa. Pela quantidade de “s” que ela utilizou para falar, logo percebi que sua origem era o Rio de Janeiro. Conversamos sobre a cultura do Rio e Brasília – minha terra natal – e comparamos com Curitiba. Falamos sobre o trânsito, as pessoas e chegamos como sempre, na gastronomia. Ela comentou que o que mais chamou a atenção dela quando veio pra cá há cerca de 9 anos, foi ir até um restaurante em Santa Felicidade e além de ter fila, demorar mais de uma hora para entrar no restaurante e fazer a refeição.

Franco (2006) fala sobre a evolução da gastronomia e suas influências:

Começam a aparecer restaurantes famosos em aldeias e proximidades de estradas, ensejando o aparecimento de verdadeiras dinastias culinárias, com papel importante na evolução da gastronomia. A grande cozinha irá inspirar-se cada vez mais na cozinha popular e na cozinha burguesa das regiões da França (FRANCO, 2006, p. 232).

Mais uma vez notei a influência gastronômica de Curitiba, que impressiona as pessoas. Muitas vezes quem está aqui não percebe, mas quem vem de fora, nota o quanto a gastronomia é valorizada por aqui. Talvez isso seja algo a se prestar mais atenção.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A arte da gastronomia no cotidiano

  
   Vou abrir os posts deste blog falando um pouco sobre o meu amor pela gastronomia.
  Não é de hoje que abro a geladeira e procuro algum ingrediente inusitado para fazer uma receita especial. Ou então, substituo um ingrediente por outro para dar um toque especial nas minhas receitas. Porém, gastronomia não se resume a receitas, pelo contrário, ela é uma mistura de saberes e experimentos, muito mais detalhes do que podemos imaginar. Uma arte, talvez:

Podemos afirmar que a principal preocupação da arte de cozinhar é proporcionar o máximo de prazer a quem come. Não comemos apenas para saciar a fome, mas, principalmente para ter prazer. Além disso, o ato de comer tem um sentido simbólico para o homem. Comer o mesmo pão, por exemplo, é alimentar-se juntos, é sinal de fraternidade, solidariedade e companheirismo (LEAL, 2004, p.7).

   Esse prazer na alimentação eu sinto em alguns momentos. Quando vou almoçar ou jantar em um restaurante e tento degustar de cada ingrediente que foi utilizado naquele prato. Ou até mesmo, quando ouço as pessoas comentarem sobre alguma matéria que saiu no jornal sobre gastronomia, ou que simplesmente que adoraram um festival gastronômico que teve na cidade.
  Nessa vida corrida de quase jornalista, conheço pessoas de cidades, perfis, profissões distintas, e a cada encontro procuro valorizar a experiência. Semana passada no retorno de um evento, peguei um táxi  e no caminho notei que o  taxista era muito falante, e achei curioso porque quando entrei no carro percebi que tinha um jornal em um bolso no banco do passageiro. Logo aproveitei e falei que tinha achado aquilo interessante. A conversa se extendeu e ele afirmou que sempre tem pelo menos duas opções para que o passageiro possa aproveitar a corrida e colocar a leitura em dia. 
  Mas aonde que entra a gastronomia nessa história? Durante a conversa ele me falou sobre a importância da leitura e que incentiva muito seus filhos à pratica. Aproveitei o gancho - jargão jornalístico - e perguntei se ele gostava de gastronomia e para ele qual era o significado desse termo, receitas ou matérias sobre o assunto. Foi assim que começou a história, me contou que gosta de fazer receitas diferentes "Nada de arroz e feijão", ele disse. O auge da conversa foi quando ele comentou que recentemente tinha feito um carneiro que o amigo dele comprou e deu para ele ser o "chef".
  Essas coisas me fazem pensar a gastronomia. Para cada um ela tem um significado diferente, mas o que há em comum é sair do trivial. Talvez seja esse o verdadeiro significado da gastronomia, como disse o autor supracitado não é apenas o ato de comer.